A música, uma combinação de elementos sonoros perceptíveis pela audição, é a arte mais antiga de que se tem conhecimento e sua história confunde-se com a própria história do desenvolvimento da inteligência e cultura humana. De abrangência universal, a música é capaz de produzir uma sensação física em nós, de traduzir sentimentos, atitudes e a cultura de um povo.
A palavra MÚSICA origina-se da palavra grega MOUSIKÊ, que quer dizer “ARTE DAS MUSAS”, em referência à mitologia grega, sendo definida como uma sucessão de sons, intercalados por curtos períodos de silêncio, ao longo de um determinado tempo.
Acredita-se que os sons da natureza inspiraram o primeiro sinal de música reproduzido e que juntamente com os sons dos movimentos corporais, a música começou a ser aprimorada utilizando-se dos mais diversos objetos durante a Pré-História. A música representava o ritual de agradecimento aos deuses, pedidos de proteção e boa caça.
Na nossa concepção atual, é difícil imaginar “dançar sem música”, então se pensarmos que a dança aparece em pinturas rudimentares da pré-história não é difícil acreditar que a música também existia.
Na Antiguidade, até 400 D.C., a música tinha o papel central das atividades diárias das grandes civilizações e representava a comunicação com os deuses e com o povo. Na Grécia, a música representava um caminho para a perfeição, uma forma de estarem mais próximos das divindades. A música era incorporada a dança e ao teatro, recitavam poemas e encenavam suas tragédias ao som da Lira. A representação musical era feita com letras do alfabeto e nessa época, Pitágoras descobriu as notas e os intervalos musicais, e os filósofos gregos criaram teorias para a linguagem musical.
Em Roma, a música era utilizada na guerra para sinalizar ações dos soldados e tropas e para cantar hinos às vitórias conquistadas. Tinha papel importante na religião e rituais sagrados, assim como no Egito. Já os Chineses acreditavam que a música era mágica, um espelho fiel da ordem universal e a utilizava para personalizar momentos históricos e seus imperadores.
Na Idade Média a igreja influenciou o desenvolvimento da música com os monges, aprimorando e desenvolvendo a escrita e a teoria musical. Também ocorreu a separação entre a música religiosa e a popular. Na música religiosa só era permitido o uso de instrumentos como o órgão e predominava os Cantos Gregorianos, que tinham uma melodia simples que seguia o ritmo das palavras e era usado como forma de oração. Já na música popular podia-se usar qualquer instrumento e surgiram trovadores e menestréis que tinham o amor como tema de suas músicas e poesias.
Nessa época surgiram as notações musicais, inicialmente feitas por símbolos que ajudavam os compositores a não se esquecerem das músicas. Mais tarde, Guido D’Arezzo que introduziu a pauta de cinco linhas, definiu as alturas das notas e os nomes de cada uma.
No Renascimento cresce o interesse por músicas que não eram de temas religiosos e distantes das práticas da igreja. Os artistas queriam compor músicas universais e com várias melodias. Já no período Barroco, Johan Sebastian Bach era o grande nome. A criação aflora e diversos gêneros musicais são criados. Surge a Ópera, a orquestra e o ballet contribuindo para a musicalidade.
No Classicismo a música instrumental ganha destaque, os sons são suaves e equilibrados com uma perfeição estética. Criou-se a sonata e a ópera e as orquestras passam a ter grande relevância. Já no Romantismo a música era carregada de emoções e sentimentos, com maior variedade de sonoridades, dinâmica e timbres com maior tempo de duração.
No Século XX, a música sofreu uma verdadeira revolução. O surgimento de tecnologias nos instrumentos, diferentes formas de compor, novos gêneros musicais, novos timbres, harmonias, melodias e novos ritmos, além de tecnologias para gravar, reproduzir e distribuir essa arte que revolucionou totalmente o mercado e a produção musical.
A música vai continuar sofrendo mudanças ao longo do tempo, mas sempre será parte da cultura mundial, das nossas vidas e dos nossos sentimentos.