História das Notas Musicais

Já parou para pensar como surgiram as notas músicas? Como elas foram criadas ou quem foi que as descobriu? Continue lendo e saiba mais a respeito da história das notas músicas. É bem legal. Confira!

Nota musical é um termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por um único modo de vibração do ar. Sendo assim, cada nota corresponde a uma duração e está associada a uma frequência, a qual descreverá em termos físicos se a nota é mais grave ou mais aguda.

De forma geral, podemos relacionar as notas a um alfabeto musical que dá possibilidade de associar determinadas frequências [ou conjuntos de frequências, cuja unidade mais utilizada é o hertz (Hz) ] a nomes comuns, viabilizando a composição de músicas ou qualquer outro tipo de manifestação sonora de forma clara e compreensível.

Sem o nome como conhecemos hoje das notas musicais, uma partitura provavelmente seria escrita como uma sequência de números relativamente extensos, correspondentes as frequências que se espera ouvir. Portanto, veja abaixo como as notas musicais receberam seus nomes!

História das Notas Musicais

 

as notas musicais no violãoDesde muito tempo, as diferentes civilizações não só vivenciam a experiência musical como também elaboram métodos e teorias capazes de padronizar um modo de se compor e pensar o universo musical.

Na Grécia Antiga, já observamos formas de registro e concepção das peças musicais através de sistemas que empregavam as letras do alfabeto grego. Ao longo do tempo, várias foram as tentativas de sistematização interessadas em formular um modo de se representar e divulgar as peças musicais.

Na Idade Média, a questão da música foi assumindo uma importância muito grande entre os clérigos daquela época. Isto ocorreu porque os monges tinham tempo e oportunidade de conhecer todo o saber musical oriundo da civilização clássica através das bibliotecas dos mosteiros. Por outro lado, também pode ser entendida porque o uso da música foi assumindo grande importância na realização das liturgias que povoavam as manifestações religiosas da própria instituição.

as notas musicais no violãoFoi nesse contexto que um monge beneditino francês chamado Guido de Arezzo, nascido nos fins do século X, organizou o sistema de notação musical conhecido até os dias de hoje. Nos seus estudos, acabou percebendo que a construção de uma escala musical simplificada poderia facilitar o aprendizado dos alunos e, ao mesmo tempo, diminuir os erros de interpretação de uma peça musical. Contudo, de que modo ele criaria essa tal escala?

Para resolver essa questão, o monge Guido aproveitou de um hino cantado em louvor a São João Batista. Em suas estrofes eram cantados os seguintes versos em latim:

“Ut quant laxis / Resonare fibris / Mira gestorum / Famuli tuorum / Solve polluti / Labii reatum / Sancte Iohannes”.

Traduzindo para nossa língua, a canção faz a seguinte homenagem ao santo católico:

“Para que teus servos / Possam, das entranhas / Flautas ressoar / Teus feitos admiráveis / Absolve o pecado / Desses lábios impuros / Ó São João”.

Mas, afinal, qual a relação da música com as notas musicais hoje conhecidas?

Observando as iniciais de cada um dos versos dispostos na versão em latim, o monge criou a grande maioria das notas musicais. Inicialmente, as notas musicais ficaram convencionadas como “ut”, “ré”, “mi”, “fá”, “sol”, “lá” e “si”.

 O “si” foi obtido da junção das iniciais de “Sancte Iohannes”, o homenageado da canção que inspirou Guido de Arezzo. Já o “dó” foi somente adotado no século XVII, quando uma revisão do sistema concebido originalmente acabou sendo convencionada.

O Dó-Ré-Mi Não é Universal

Em outras partes do mundo, o sistema de notas é diferente do ocidental. Na Coreia do Sul, por exemplo, o chongganbo é um esquema com diversas casas e células que indicam, simultaneamente, o timbre e a duração de cada nota a quem canta. Outros países cuja música usa sistemas diferentes são: Índia, Rússia, Indonésia, China e Japão.

as notas musicais no violão

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E tem mais! Um projeto chamado Hummingbird, desenvolvido por um professor de piano norte-americano e um especialista em visualização de dados, pretende “descomplicar” a leitura de partituras no modelo ocidental e facilitar o ensino musical. Há críticos e defensores do método. O consenso entre músicos é que ele serve como uma boa introdução, mas que o jeito tradicional ainda é mais completo.

A Nota Musical e a Física

O som é uma onda (ou conjunto de ondas) mecânicas que se propaga em um meio material, como o ar ou a água. Algumas das características do som mudam de acordo com o meio de propagação, como a velocidade e o comprimento de onda, entretanto a frequência permanece independente e constante durante todo o percurso.

as notas musicais no violão

Em uma orquestra, conseguimos identificar os sons de diferentes instrumentos e decifrar de qual deles veio o som. Mas, na partitura de cada músico encontramos as mesmas notas. Isso acontece, pois, as notas escritas na partitura representam uma frequência fundamental que pode ser enriquecida com diversos harmônicos dependendo das características do instrumento.

Geralmente, instrumentos de corda apresentam uma vasta gama de harmônicos e, consequentemente, possuem uma onda mais complexa. Os instrumentos com menor número de harmônicos são os de percussão e alguns metais, sendo a flauta doce um dos instrumentos com a sonoridade mais pura entre todos.

Quando a corda de um violão é tocada ela possui uma certa frequência, se a frequência estiver na faixa de 20 a 20.000 Hz, o ouvido humano será capaz de vibrar à mesma proporção, captando essa informação e produzindo sensações neurais, às quais o ser humano dá o nome de som.

As ondas com frequência baixa, entre 20 e 100 Hz, por exemplo, soam em nossos ouvidos de forma grave, e sons com frequência elevada (acima de 400 Hz) soam de forma aguda. Nesta situação, podemos imaginar que apenas uma onda percorre a corda e assim obtemos a frequência ouvida.

Essa analogia funciona para uma situação ideal, entretanto, o que encontramos na prática é uma corda vibrando de forma muito mais complexa, porque um conjunto de curvas senoidais originadas por diversos fatores como a posição em que tocamos, a densidade da corda e o tamanho da caixa do violão, somam-se e, juntas, geram o som que ouvimos.

Apesar de diferentes, quando os instrumentos reproduzem uma mesma nota, o som é agradável. Isso acontece, porque todas as componentes dessa melodia são compostas por múltiplos inteiros da frequência original.

Para entender melhor esse conceito podemos analisar a tabela logo abaixo, que relaciona as notas e suas respectivas frequências: A nota dó (C) corresponde a frequência de 261,63 Hz, enquanto a nota sol (G) é aproximadamente 392 Hz, que é 3/2 a frequência do dó.

as notas musicais no violão

Podemos então, caracterizar a nota sol como sendo uma harmônica de uma das harmônicas de dó. Mesmo que o som de uma flauta seja diferente do som do violão, quando reproduzem a mesma nota, as frequências que ouvimos são sempre múltiplas inteiras umas das outras, resultando em uma interação harmônica.

Deve-se observar, no entanto, que existem instrumentos transpositores, e as notas da partitura do músico devem ser adaptadas para manter a harmonia, ou seja a frequência das notas deve ser observada em uma nova escala previamente descrita.

as notas musicais no violãoOutro fator importante para diferenciar os sons é a amplitude de cada harmônica, ou seja, sua intensidade. Existem instrumentos em que algumas harmônicas têm amplitudes superiores a própria frequência fundamental, tornando o som bem mais grave ou agudo.

Com os avanços tecnológicos das últimas décadas, músicos tem desenvolvido novas técnicas para amplificar harmônicos, como é o caso da guitarra, que pode contar com pedais para distorcer o som.

E esse foi um pouco sobre a criação das notas musicais, a forma que foram organizadas para obtermos as referencias dos sons e quais notas devemos utilizar nos instrumentos musicais que temos hoje em dia para criamos melodias maravilhosa e formar as músicas.

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