Quando estamos aprendendo a tocar violão nos deparamos com alguns termos bem diferentes e cromatismo é um deles. Mas se você está aprendendo a tocar violão é essencial entender sobre este assunto, portanto continue lendo e saiba mais sobre cromatismo e sua importância para aprender tocar violão bem. Confira!
Para os iniciantes cromatismo pode parecer algo complexo de entender, mas tenha calma que não é nada complicado demais não. Tenha em mente que se deseja aprender e evoluir no aprendizado do violão é fundamental entender sobre o assunto.
Portanto, confira abaixo um pouco da história e entenda como o cromatismo funciona no meio da música.
Vamos lá!
História do Cromatismo
À medida que os compositores da segunda metade do século XIX expandiram os conceitos da música tonal, com novas combinações de acordes, tonalidades e recursos harmônicos, a escala cromática e os cromatismos se tornaram mais freqüentes.
Como elemento expressivo, esta técnica encontrou seu auge no final do período romântico, com Franz Liszt, Gustav Mahler e Richard Wagner. Um dos melhores exemplos do papel expressivo do cromatismo é a ópera Tristão e Isolda de Wagner.
O uso cada vez mais acentuado do cromatismo é uma das principais causas de confronto com os compositores do início do século XX, que levou ao desenvolvimento da música dodecafônica e da música serial.
Embora o cromatismo possa ser utilizado como uma forma dramática de prolongar a tensão tonal, ele também pode ser utilizado como uma forma de romper com a estrutura hierárquica da escala diatônica e, criar composições que não possuem um centro tonal nem atingem nunca um repouso da música tonal.
Além da música erudita, o cromatismo também é utilizado frequentemente no jazz, blues, choro e alguns gêneros populares.
Devido a essa característica peculiar, tornou-se comum utilizar o termo “cromatismo” para se referir a notas distanciadas por um semitom. Por exemplo, se um determinado solo possui as notas D, D#, E tocadas em sequência, diz-se que esse trecho possui um cromatismo.
Classificação do Cromatismo
Existem três formas de cromatismo: modulação, acordes emprestados de tonalidades secundárias e acordes cromáticos como acordes de sexta aumentada.
Na modulação, pode acontecer de a música progredir melodicamente passando por notas cromáticas, antes de retornar às notas da tonalidade original ou de assumir uma nova tonalidade. Isso prolonga a tensão natural da cadência melódica.
Nas formas harmônicas são utilizadas notas pertencentes a acordes de função dominante ou subdominante secundários ou auxiliares, ou a acordes da relativa menor/maior da tonalidade original. Em geral, o cromatismo está associado à utilização de alguma forma de dissonância.
Na música, dissonância é a qualidade dos sons parecerem “instáveis” e de terem uma necessidade natural de serem resolvidos para uma consonância estável.
Escala Cromática
A escala cromática é uma escala formada pela sequência: semitom-semitom-semitom-semitom etc. Isso mesmo, todas as notas possuem o intervalo de um semitom. Sendo assim, podemos concluir que essa escala possui 12 notas (todas as 12 notas disponíveis da música ocidental!). Confira abaixo a escala cromática de Dó:
C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#, A, A#, B
O que são bemóis e sustenidos?
São os tipos de derivações que se pode fazer a partir de algumas notas naturais:
Sustenido (#) = eleva a nota em meio tom
Bemol (b) = reduz a nota em meio tom
Dobrado sustenido (##) = eleva a nota em um tom
Dobrado bemol (bb) = reduz a nota em um tom
Os acidentes musicais alteram a sonoridade original das notas, como por exemplo:
Dó# = Dó sustenido, ou uma nota de Dó acrescida de meio tom
Réb = Ré bemol, ou uma nota de Ré diminuída em meio tom
Ao introduzir os acidentes musicais na escala diatônica formamos a escala cromática, ou seja, a escala diatônica se trata de:
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si
A escala cromática ascendente de Dó se trata de:
Dó – Dó# – Ré – Ré# – Mi – Fá – Fá# – Sol – Sol# – Lá – Lá# – Si – Dó
Enquanto isso, a escala cromática descendente de Dó é:
Dó – Si – Sib– Lá – Láb – Sol – Solb – Fá – Mi – Mib – Ré – Réb – Dó
A escala cromática é formada por uma sequência de semitons onde estão representadas todas as notas que formam o sistema musical ocidental.
Os acidentes musicais são os símbolos de sustenido (#) e bemol (b) colocados nas notas naturais. Esses símbolos representam a alteração das notas em um semitom para cima (sustenido) ou para baixo (bemol).
Por exemplo, a nota Dó acrescida de um semitom se transforma na nota Dó#, assim como a nota Réb representa um semitom abaixo da nota Ré.
Observando a escala cromática de Dó, é possível notar que os intervalos de notas que possuem acidentes são entre:
Dó e Ré
Ré e Mi
Fá e Sol
Sol e Lá
Lá e Si
Enquanto os intervalos que não possuem acidentes são entre:
Mi e Fá
Si e Dó
A partir de agora fica mais simples de entender o que são tons e semitons e quais notas possuem acidentes. Isso facilitará o seu aprendizado daqui para frente.
Na prática, em contextos musicais, a escala cromática não costuma ser usada em toda a sua extensão. O que normalmente são utilizados são pequenos trechos de cromatismo. O efeito cromático é muito interessante e explorado por músicos de diversos estilos. O resultado sonoro produzido cria uma sensação de notas de passagem.
Agora você já aprendeu um pouco a respeito do cromatismo, e pode ver que não tem nada tão complicado, tudo é questão de estudos constantes para lembrar do que se trata na hora que precisar aplicar quando estiver tocando violão.